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IBGE: desaceleração do PIB era de se esperar, com efeito da política monetária

O aperto na política monetária foi o principal motivo para a desaceleração do ritmo da economia no fim do ano passado, demonstrada na retração de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre sobre o terceiro trimestre de 2022, afirmou nesta quinta-feira, 2, Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados das Contas Nacionais Trimestrais.

“A política monetária contracionista, em alguma hora, teria mais efeito”, afirmou a pesquisadora, em entrevista coletiva.

Rebeca Palis lembrou que, ao longo de 2022, a política fiscal teve um comportamento expansionista, com o governo federal adotando medidas que impulsionaram a renda das famílias. Já a política monetária teve comportamento contracionista, com sucessivos aumentos na taxa básica Selic – que atingiu 13,75% ao ano em agosto e por lá ficou desde então.

Como os efeitos expansionistas da política fiscal são mais imediatos, logo tiveram efeito sobre a atividade econômica. Já a política monetária, cujo efeito contracionista demora um pouco mais para ser sentido, agiu para valer no quarto trimestre.

“A política fiscal, de auxílio à renda das famílias, é mais eficiente. No primeiro momento já aumenta a renda disponível”, afirmou Rebeca Palis, completando: “Já a política monetária tem certo delay para ter efeito total sobre a economia.”

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